domingo, 9 de maio de 2010


Certa vez ele perdeu o emprego. Ligou pro amigo, que lhe deu palavras de confiança e buscou um novo emprego a seu lado. Outra vez ele terminou o namoro, aquele que pensou que duraria para sempre. Chamou o amigo, tomaram umas cervejas, deram risada juntos, e toda a tempestade se acalmou. Um dia ele ganhou uns trocados na loteria. Contou pro amigo, que chamou a turma e fizeram uma festa regada a muita diversão e recordações dos velhos tempos da faculdade. Outra feita ele não sabia o que tinha, andava desanimado, não sabia o que fazer. O amigo foi até sua casa e conversaram por horas sobre tudo e sobre todos. Ele continuou sem saber o que fazer, mas ficou feliz de certa forma. Um dia ele perdeu a casa, e no auge do desespero, ligou pro amigo, que lhe deu o teto e o sofá da sala. Refletindo sobre a vida difícil que levava, pensou nos problemas, no emprego ruim, na ex namorada, e no fato de agora também não ter onde morar... Pensando no quão infeliz estava, olhou pro lado e percebeu que ele podia perder o emprego, a namorada, e até a casa, mas ele sempre teria um amigo. E viu que nenhuma barreira teria sido menos difícil de ultrapassar se ele não tivesse com quem dividir o peso, e que nenhuma alegria seria tão completa sem ninguém pra compartilhar. E ele percebeu que qualquer pessoa pode ter momentos bons, mas só é plenamente feliz quem tem um amigo. E ele soube, naquele instante, que não tinha uma casa, mas sempre teria um lar.

- aos meus amigos que estão sempre lá... pois não importa o quão distantes, o quão desligados ou as novas turmas que encontramos pelo caminho, a gente sempre é da gente...

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