segunda-feira, 30 de agosto de 2010


Estava aqui pensando na matemática dos meus dias. Somando os anos, diminuindo as horas... E percebi que definitivamente a cegonha errou feio na minha década. Era para eu ter nascido por volta de 40, 50, ser jovem nos 50, 60... Mas por uma matemática burra e impensada, caí nessa droga de anos 90 que a única recompensa foi fazer os jovens terem que voltar mais cedo pra casa pra evitar serem mortos por balas perdias. Nem a música, OH CÉUS! Nem ela serviu pra alguma coisa. E a revolução das mulheres? Hoje se eu pudesse devolveria alguns sutiãs novinhos à praça, recuperaria o feminismo perdido. Não este, de mulheres vestidas de homens, grossas que são umas portas, tentando ganhar dinheiro e deixando pra lá todo o romantismo. Esse não! Recuperaria aquele feminismo que se preocupava com os modelos de vestidos, com o cabelo, com as aulas de ioga e com os chás da tarde. Que fazia aulas de dança, de pintura e de hipismo. Aquele feminismo que ia à bailes, que ainda sabia ser sensual no sentido bonito da palavra. Aquele feminismo que se apaixonava por quem não devia e fugia para viver loucuras de amor proibido. Estamos nos tornando cada vez mais homens, caras mulheres, esquecendo que nossa vaidade e nossa doçura podem conseguir muita coisa. Não é à toa que as mulheres tidas como as mais lindas viveram naquela época. Agora você, mulher moderna, vai me dizer: "Pensa, sua louca! Você ia querer ficar limpando a casa pro teu marido chegar do trabalho e nem te agradecer?" Pra você eu respondo: Mudaram os tempos, não as personalidades. A mulher que se permitia isso nos anos 60, se permite agora, mesmo trabalhando fora. Hoje chega do trabalho e ainda cuida da casa, do marido e dos filhos, sem ter coragem de dizer BASTA, vou cuidar de mim. Com a diferença, que já não possui sensualidade, nem vaidade, nem tempo livre para uma aula de ioga ou de dança latina. E pobre dos homens que já não sabem o que são mulheres de verdade, mulheres lindas, doces e selvagens. Precisam conviver com mulheres estressadas, rabugentas e desarrumadas. MALDITA CEGONHA! Queria eu viver minha década nos anos 50, 60, usar lindos vestidos, fazer escova todos os dias nos cabelos e dançar música latina, com toda a sensualidade que ela permite. Queria eu pintar, fazer ioga, tomar chá e recuperar toda a doçura e o encanto que foi dado somente às mulheres. Viveria um amor proibido com um bailarino qualquer e dançaria com ele nas sombras da noite até amanhecer. E a música? AH CÉUS! até ela era doce e selvagem naquele tempo! 



2 comentários:

  1. eu amei linda! Eu se pudesse, voltava tbm no tempo ^^ Maldita aquela primeira que tirou o sutiã...

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  2. Maravilhoso o seu texto!
    Faz muito tempo que falo, e você é testemunha disso, que esta faltando romance na vida das pessoas, esta falando paqueras e conquistas. As mulheres foram em busca de igualdade e conquistaram juntamente com a idependência financeira mais responsabilidades e solidão.

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