sábado, 6 de fevereiro de 2010


Ainda ontem li uma frase que dizia: "Procure viver pela paz, não por conflitos." Bom, devo dizer que quem escreveu isso provavelmente vive em pé de guerra. Só quem verdadeiramente experimentou a calmaria de uma vida tranqüila sabe que isso é uma chatisse monótona e sem graça. É preciso ter conflito, é preciso ter idéias incertas e barreiras a ultrapassar. O que seria do time de futebol sem o adversário? O que seria do filho que pode tudo sem nunca precisar enfrentar os pais? O que seria do namoro sem ceninhas de ciúmes, sem a incerteza em relação aos sentimentos da outra pessoa? É isso que nos movimenta, que nos dá vontade de seguir em frente. Quando tudo é calmaria perde a graça. Cansa viver no conflito, eu sei, mas também cansa viver sem ele. Porque a mulher acaba preferindo sempre o cafajeste? Porque o homem acaba escolhendo sempre aquela que não o ama? É isso, o conflito. É ele que faz com que a relação seja uma eterna conquista. É ele que faz com que as pessoas sintam algo diferente, sintam-se vivas. Albert Camus disse uma vez: "Abençoados os corações que conseguem se curvar, pois nunca serão partidos." Mas eu me pergunto: se não se partirem, não haverá cura. Não havendo cura, então, não haverá aprendizado. E se não houver aprendizado, não terá luta. Mas a luta é uma parte da vida. Então devem todos os corações partirem? Bom, antes um coração partido do que um coração vazio.


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